Buscar inspiração em alguém para mudar hábitos de vida, adotar uma rotina saudável e desafiadora é algo que tentamos fazer incessantemente. Mas e quando é você que, talvez sem perceber, torna-se fonte de inspiração para os outros? Confira um pouco da história da despachante aduaneira Luciana Rinaldi, de 44 anos, atleta da MP Team, em Santos-SP.
Quando e como começou a praticar corrida?
Sempre pratiquei esportes, mas nunca consegui correr. Não sabia respirar, ficava com dor, falta de ar e as distâncias me faziam desanimar só de olhar…
Sofri por uns três anos com uma dor no menisco no joelho esquerdo. Não aguentava mais porque atrapalhava qualquer esporte que eu tentava fazer. Depois de ir em vários médicos, encontrei em São Paulo o Dr. Moises Cohen, que após análise do meu caso indicou cirurgia. Brinquei com ele e disse que só faria se ele me garantisse que eu conseguiria correr um dia, Ele disse que após a cirurgia eu conseguiria sem problemas. Isso foi em meados de 2013.
Após a cirurgia, eu queria voltar para a musculação e uma amiga me falou que os treinos da Marcia Proença eram ótimos, me indicou a academia que ela dava aula. Chegando lá passei meu histórico para preparação do treino e disse a ela que tinha o sonho de correr, apesar de naquele momento estar retornando de uma cirurgia e de ser fumante. Ela me incentivou e disse que eu conseguiria. Começou com treinos intervalados e quando vi já estava correndo cerca de 20 minutos direto, o que para mim era impensável. Logo depois ela abriu a assessoria e fui com ela. Desde então não parei mais!
Como tem sido sua evolução até aqui?
Saí literalmente do zero e cada conquista, cada evolução, foi e é comemorada. Começar é muito difícil, mas posso dizer que tive um processo tranquilo. A evolução veio a cada dia e quando vi já estava correndo 5km e depois 10km numa boa. Claro que com a evolução você vai querendo mais, então, além da distância, queremos sempre melhorar o pace. Confesso que sempre tive dificuldade nesse aspecto, mas estava feliz, cumprindo minhas metas e me desafiando a cada treino e a cada prova.
No início de 2015 resolvi me inscrever na Meia Maratona do Rio de Janeiro. Um sonho para quem nem imaginava correr, Mas antes de aumentar o volume de treinos, comecei a sentir dores com muita frequência no joelho direito. Voltei no Dr.Moises e descobrimos que também tinha uma lesão de menisco no joelho direito. Coloquei na cabeça que ia operar e ia conseguir correr a tão sonhada Meia do Rio. Marquei a cirurgia em março e após muita fisioterapia e muito treino consegui completar a prova em julho.
Dessa experiência de 2015, eu tiro que recomeçar é muito mais difícil, porque você tem um parâmetro de onde estava antes de parar. Sua cabeça quer voltar ao ponto de parada e seu corpo não deixa, o que inevitavelmente te deixa frustrado. Além disso você não consegue mais acompanhar seus colegas de treino e isso desestimula demais. Nesse processo, não parei, mas fiquei bem desestimulada e com várias idas e vindas de lesões menores que eram consequência da mudança de postura após a última cirurgia.
No final de 2016 voltei a pedalar sem compromisso para ter mais uma atividade aeróbica e que fortalecia as pernas. Fiquei sabendo que a assessoria estava com uma turma de triathlon que pedalava terças e quintas de madrugada. Em 2017, depois de muitos convites resolvi testar um dia e não saí mais. Em um primeiro momento a ideia era só pedalar, alguns meses depois me inscrevi em um campeonato de duathlon e consegui pódio nas três etapas, ganhando o campeonato na minha categoria.
Com os treinos, a evolução na bike e na corrida eram visíveis. Comecei a nadar também e apesar da natação ser o meu esporte de origem, não nadava há mais de 25 anos. Tive que, além de recomeçar, enfrentar um monte de medos que tinha e ainda tenho em relação ao mar.
Mas fui mesmo assim. Em fevereiro de 2018 fiz minha primeira prova de triathlon, no Triathlon Internacional de Santos. Um um revezamento com a Marcia Proença na corrida, eu na bike e a Patricia Antonio na natação. Mais uma vez conseguimos pódio (2º lugar) e eu soube que tinha que tentar sozinha.
Fiz a inscrição no Troféu Brasil de Triathlon e já participei de duas etapas, melhorando meu tempos em cada prova.
Que provas foram marcantes para você?
A Santos Run (4K), que foi a primeira; os 10K da Tribuna, a primeira na distância. A Ayrton Senna Racing Day, por todo o clima da prova, em interlagos e por levar o nome do ídolo. A Meia Maratona do Rio, em 2015, pela conquista; o Duathlon Terracon, em 2017, por marcar uma nova fase; o Triathlon Internacional de Santos e o Trofeu Brasil de Triathlon em 2018, começando na modalidade.
Como é sua rotina de treinos, trabalho, etc?
É bem difícil conciliar a planilha toda de treinos, com família e trabalho, mas a gente vai ajustando do jeito que dá. Como tenho sempre dois treinos por dia, passei a madrugar para poder treinar. Antes fazia tudo pela manhã, mas como meu filho agora entra cedo na escola, tive que readaptar. Então faço um treino de madrugada e outro no final da tarde após o trabalho.
Tem alguma prova que sonhe fazer um dia?
Costumo sonhar sonhos possíveis, então, agora seria o Triathlon Internacional de Santos que é em fevereiro de 2019. Mas tenho sim o sonho de fazer ao menos uma prova com a marca Ironman, quem sabe um 70.3… Na corrida gostaria de fazer uma meia internacional.
O que o esporte representa na sua vida?
Representa a mudança de estilo de vida. Com o início da corrida todos os hábitos se tornaram mais saudáveis e não tinha como deixar de ser, porque a rotina de exercícios exige de você uma atenção maior à sua saúde, alimentação, etc.
Mas a mudança fundamental da minha vida que a corrida trouxe foi parar de fumar. Nesse sentido realmente a corrida foi um divisor de águas na minha vida.
Qual a importância da Assessoria Márcia Proença nesta jornada?
Total! Como disse, o incentivo inicial veio da Márcia. Construímos jutas uma história bonita. Hoje são mais que meus treinadores, são meus amigos queridos. Quantas vezes desanimei ou não acreditei e eles sempre lá, prontos para um incentivo, um sorriso, uma palavra amiga.
Olhando de fora, o trabalho das pessoas que ali estão é inspirador. Além de nos treinar fisicamente, mudam vidas, criam histórias, laços de amizade. Tenho muito orgulho de ser parte dessa família, como a gente chama.
Como o SisRUN te ajuda a cumprir a planilha e manter-se motivada?
A chegada do SisRUN na assessoria foi um pulo de qualidade excelente. Com ele já sei o que devo fazer na semana e como posso dividir meu tempo entre os treinos. Além disso, consigo dar o feedback para os treinadores com mais detalhes, o que muitas vezes no momento do treino é difícil porque eles tem muitas pessoas para dar atenção.