A administradora e advogada Mara Abrahão mora em Brasília, tem 70 anos e uma história com a corrida que já dura 26 anos. Contrariando os especialistas, começou correndo uma maratona, e logo a Nova York. Em quatro meses de preparação… Bem, Confira!

´´Comecei a correr em junho de 1997, quando decidi fazer a Maratona de NYC em novembro do mesmo ano. Isto aconteceu porque no ano anterior cheguei lá na véspera da prova e fiquei impressionada com o burburinho nos hotéis, TV e nas ruas. Só se falava na maratona. Acompanhei tudo à distância e naquele dia avisei ao meu marido e aos amigos que estavam lá comigo, que iria me preparar e voltar no próximo ano para participar.

Nunca tinha corrido antes, então contratei uma assessoria especializada e comecei o treinamento. Foram quatro meses e meio de dedicação intensa, e nos últimos dois meses eu já estava correndo uma média de 50 km por semana. Tinha 44 anos e consegui terminar a prova em 4h16min. Depois disso continuei treinando, participando de muitas provas individuais e conseguindo vários pódios em provas de 10 e 21km. Corri mais cinco maratonas, todas com tempo abaixo de 4h, sendo a última em 1º lugar na minha categoria com um tempo de 3h46min.

Continuava evoluindo e sempre me destacando em todas as provas que participava no DF e em outras cidades, até que em 2020, tive o primeiro câncer e em 2021 uma recidiva. Fiz um tratamento longo de quimioterapia e radioterapia que durou quase um ano. Na verdade, ainda não fui totalmente liberada pelo meu médico oncologista.

De lá pra cá, apesar de ter voltado a treinar regularmente com a assessoria do Clube de Corrida do Iate, ainda não consegui recuperar a mesma performance anterior.

Sempre gostei de praticar esportes, já joguei voleibol, tênis, peteca e tenho como hábito, há mais de 20 anos) frequentar a academia diariamente.

Mas foi a corrida que mudou a minha vida e a minha personalidade, me tornando uma pessoa mais sociável, saudável, determinada, resiliente, competitiva, focada em objetivos. Influenciou até na minha evolução profissional.

O próximo alvo é voltar a participar das provas de 10km e já coloquei como meta participar da Corrida de Paris-Versalhes (16K) em setembro de 2024.

Ter uma assessoria é fundamental e indispensável. Sem uma orientação técnica adequada, que leva em conta as condições físicas do corredor, o volume, a frequência, intensidade e, ainda a prática de exercícios educativos é impossível evoluir e alcançar performance e bons resultados. Desde que comecei a treinar nunca fiquei sem ter uma boa assessoria para me orientar.

Espero que minha história consiga inspirar muitas mulheres com mais de 50 anos a se tornarem corredoras e experimentarem uma vida diferente, enfrentando desafios e evoluindo como pessoas. A corrida transforma!“

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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