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O empresário Ivan Dagoberto Boesing, de 44 anos, tinha n o currículo 10 provas de meio ironman e quatro de ironman. E estava pronto para uma nova experiência: estar num campeonato mundial da principal marca do triathlon mundial. Atleta da FSTeam há cinco anos, Dagoberto viveu a experiência no início do mês, em Port Elizabeth, África do Sul. Confira como foi a prova e sua relação com o triathlon!

“Eu já sabia que os outros participantes seriam de um nível extremamente alto. Então não possuía grandes expectativas em relação à colocação final, só não queria ser o último hehehehe. No entanto, estava disposto a dar o meu máximo para o dia. O horário da largada me fez mudar a estratégia para a prova. Larguei na onda das 9h30 (a última), duas horas depois da primeira, a dos profissionais.

Decidi não passar na transição de manhã, optando por dormir um pouco mais. A largada foi um pouco diferente, sendo feita através de 10 “baias” de onde largavam 10 atletas a cada 10 segundos. Com tanto 10, fiz a melhor natação em provas: nota10! O mar estava frio, mas nada que fosse extremo. Um pouco mexido, mas bem limpo, o que facilitava a visibilidade e a possibilidade de esteiras.

Na bike, os grandes desafios foram o vento, que foi aumentando gradualmente e que parecia estar sempre contra e a qualidade do asfalto. Aliás, por estar molhado e ser muito “rugoso”, dificultava desenvolvimento de melhor potência e velocidade. Mesmo assim, me senti bem em todo o pedal e saí confortável para correr.

Na corrida, comecei forte e assim fui até por volta do km 8. No meio da prova me senti um pouco fraco, mas me recuperei no último terço da prova, terminando meia boca, mas feliz com o desempenho geral. 

Foi minha primeira vez em um mundial. Para mim a experiencia foi a melhor possível. Tive a companhia da minha filha, em uma das raras vezes que consegui levá-la junto para uma prova em função de aulas, etc. Na corrida pensei muito em encontrá-la. Mas só a vi na chegada, com um gritinho inconfundível. E agora tenho um vídeo da chegada feito por minha filha!

Uma coisa me impressionou. Durante a corrida pensei: ‘Poxa, o cara corre a 4:15 e não passa ninguém? Realmente, o nível do mundial é bem alto!’ 

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Minhas práticas esportivas começaram no final de 2011, com a bike, após decidir se eu esperava por algum problema de saúde mais sério ou se tomava alguma atitude. Na época, pesava 30 quilos mais que agora e estava com o estresse no nível máximo.

Depois de algumas peripécias com a bike e de ter participado de várias provas do Audax, comecei a correr por preguiça de lavar a bike em um dia de chuva. Isso foi em janeiro de 2013. Um colega de trabalho começou a me falar sobre triathlon, algo que já tinha escutado durante eventos de Audax também. Para começar a nadar foi mais uma questão de uns meses. E depois disso não parei mais.

Como todos do Rio Grande do Sul, fiz a minha primeira prova em Osorio. Um sprint. Depois me inscrevi em um 70.3, para março de 2014, em Porto Rico – faria essa prova quatro vezes -, não sem antes fazer um longo, também em Osório, para dar confiança para a primeira prova de mais vulto.

Até hoje foram 11 provas 70.3 e quatro na distância completa do Ironman. Considero o IM do Texas, em 2017 a mais difícil. Muito por ter sido uma natação muito dura e ter quebrado no km 26 da corrida. Dali pra frente foi correndo de mãos juntas, rezando para eventualmente visualizar o pórtico.

A rotina de treinos nunca é fácil. Tem que se ter muita vontade e disciplina para manter a planilha “verde”. Todos os dias a primeira coisa que faço ao acordar é visualizar a minha agenda com os compromissos de trabalho e pessoais e planejar onde encaixar os treinos. E quando alguma coisa eventualmente escorrega, replanejar para o mesmo dia.

Meu sonho é manter uma qualidade de vida alta. Servir de exemplo para pessoas mais novas. Ou mais velhas, por que não. Enfim, inspirar. 

O Frank e sua assessoria foram fundamentais desde o início da minha jornada no triathlon. Lembro ainda do primeiro dia que conversei com ele. Uma tarde-noite bem fria, com o agradável ventinho do Rio Guaíba soprando ali pelos entornos da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Sempre senti muita inspiração e confiança, inclusive em vários momentos senti que a assessoria acreditava mais em mim do que eu mesmo. Lembro do frio na barriga antes do primeiro 70.3. Será que vou conseguir da água? Lembro do primeiro Ironman em Florianópolis….. Será que vou conseguir sair da água?

E no fim tudo se encaixa e dá certo. E se não deu certo ainda é por que não chegou no fim!”

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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