Lucas Silva, 27 anos, acaba de correr sua primeira maratona. Foi sub3h em Porto Alegre. Atleta e treinador de corrida da Move Better em Sorocaba, Lucas quase foi jogador de futebol profissional, não fosse uma lesão. Sorte da corrida! Confira!

´´Joguei futebol dos 7 aos 19 anos, chegando a ingressar em categorias de base em alguns clubes e ser profissionalizado. A descoberta de um tumor ósseo no fêmur da perna direita fez com que eu precisasse dar uma pausa com o futebol. Depois da cirurgia e totalmente recuperado, não consegui retornar ao futebol e descobri a corrida de rua através do meu irmão. Ele se inscreveu em uma corrida de 10K e ficou com preguiça de ir… fui no lugar dele e gostei muito do clima, da organização, de tudo que envolvia o evento. A partir daí adotei o esporte como estilo de vida.

Cursei Educação física e sempre quis trabalhar com corrida de rua. Hoje sou praticante e tenho a oportunidade de treinar pessoas para atingirem seus objetivos nesse esporte.

Me considero atleta amador de corrida de rua há três anos, que é o período que treino de forma ininterrupta. A evolução não é rápida, requer paciência e muita constância. Também não pode faltar disciplina, cuidados diários com sono e alimentação. Um fator que me ajudou demais foi entender que não vivo disso, gerando menos auto cobrança. Evoluo a cada ano, descobrindo do que sou capaz de fazer.

Conciliar a corrida com todo o restante da minha vida não é fácil. Não são todas as pessoas da minha família que entendem. Vivem perguntando: “Por que esse louco acorda às 4h para correr?” ou “Por que você correu 20km hoje?” Esse ponto atrapalha, pois são diferentes estilos de vida.

Depois que ingressei como treinador na Move Better, comecei a aprender muito sobre o esporte. E isso também me obrigou a procurar cada vez mais a respeito, para me tornar cada vez mais um profissional diferente no mercado. E por ser o meu próprio treinador, procuro não executar somente o que gosto de fazer.

A corrida me ensinou de muita coisa que sou capaz de fazer, que antes desacreditava. Me ensinou a ser organizado, a respeitar limites, a ter paciência, que nem tudo vai sair como queremos, e sem falar na qualidade de vida e na saúde!

Eu sempre gostei de treinar, então não há problema nisso. Não me apego tanto em provas e durante a pandemia me mantive estimulado com desafios pessoais. Melhorar tempos, atingir determinadas distâncias, fazer minha primeira maratona em um parque que a volta tem 1km (risos), e assim foi…

O plano para esse ano era estrear oficialmente na maratona. Fiz isso em Porto Alegre, com 2h51min. Fiquei bem feliz, pois o período ativo na pandemia fez com que eu tivesse condições de realizar esse sonho. Agora, pretendo oficializar meu melhor tempo na meia maratona, participarei da Athenas em outubro. E mais do que nunca: continuar sempre ativo.

Prezo muito pela longevidade, tanto comigo como para meus alunos. Gosto de poder correr e me desafiar, então quero fazer isso por muito mais tempo dentro das minhas possibilidades!“

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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