Domingo é dia de Maratona em Sorocaba, interior paulista. Só quem já assistiu à chegada de uma maratona tem ideia das histórias que estão envolvidas nesta prova. Principalmente depois de 3h30, 4h de prova. Tem corredor que chega rindo, chorando, gritando, pulando e até correndo. Histórias de superação, de disciplina, força de vontade…
Moradora de Marília, a costureira Célia Regina, 47 anos, certamente é uma dessas histórias. Atleta da MLF Assessoria Esportiva, Célia começou a correr – como tantos outros corredores – para perder peso em 2011. Na época estava com 98Kg a acabara de ter um princípio de AVC. Era preciso perder quase 40 quilos.
“Meu desafio era perder peso sem remédios. Só com a nutricionista me ajudando a fechar a boca e comer por prazer, não por desespero. As primeiras semanas foram muito difíceis. Comecei a trotar, mas o peso fazia o joelho doer muito. Ainda estava sem assessoria, mas não desisti. Mais andava do que corria. Minha primeira prova foi em Garça-SP. Fiz os 6K em 52 minutos”, conta Célia.
Pronto, como se costuma dizer, o mosquito das corridas acabava de picar mais um. Célia começou e não parou mais. E conforme ia aumentando a distância sentia mais prazer em correr. Percebeu que o prazer de verdade estava em correr longas distâncias. Correu 8, 10, 21K e sentiu vontade de correr uma maratona. O sonho se realizou em 2016, na Maratona Internacional de São Paulo.
“Quando vi que precisava de ajuda procurei a MLF. Comecei a treinar pra valer três meses antes da prova. Foi muito importante esse tempo, para o corpo e a mente acostumarem-se com a distância. Ao chegar e pisar no tapete abracei uma amiga. Chorei muito. Pensei que não fosse conseguir. Fiz a prova em 4h42min. Na minha mente eu só queria terminar”, conta Célia, que não se deu por satisfeita e logo encontrou outro desafio.
Passada a ansiedade e o nervosismo da primeira maratona, Célia voltou aos treinos e se inscreveu para uma ultramaratona de 72K em Piracicaba. Seriam cinco meses de treinos até lá. Muita rodagem, muitas horas na rua correndo.
“Quando você gosta de correr e quer resultado, os treinos se encaixam bem no seu dia-a-dia. Quando não dá para treinar de manhã, eu vou de noite ou até de madrugada”, conta a corredora, que no dia 17 de agosto de 2016 ficou em terceiro lugar na ultramaratona em Piracicaba.
Atualmente, Célia Regina tem um volume de treinos de cerca de 65K semanais. Treinos de qualidade orientados pela MLF, que através das planilhas individuais online monitora a atleta, recebe o feedback e corrige o que for necessário. O resultado desta sinergia?
“Não consigo me ver ou viver sem esse esporte que me ajudou muito. Comecei a correr com vários problemas de saúde e 98 quilos. Hoje peso 59 quilos e estou ótima. Já corri quatro meias, uma maratona, uma ultra e vou para minha segunda maratona”, completa Célia.