Superação é algo comum aqui no blog. Mas cada história é única, e mesmo assim elas têm algio em comum. Nos trazem inspiração e motivação. Assim é o relato de Artemis Moura, 39 anos, moradora de João Pessoa-PB e atleta da Pace Sport. Empreendedora e mentora de mulheres com foco em alta performance, ela começou a correr em janeiro deste ano. Confira!

´´Para quem não corria nada, hoje estou completando 9km e em julho vou para minha primeira prova no Rio de Janeiro. Não é só o ganho físico, mentalmente vi minha produtividade aumentar e já tirei da gaveta alguns projetos. POsso dizer que a corrida me libertou.

Vivia em crises cada vez mais fortes de ansiedade, desencadeada por gatilhos ativados quando vivi uma relação abusiva. Me ver naquele cenário trazia a sensação de fraqueza e fazia eu me sentir incapaz. Era uma sensação de voltar a estaca zero. Todos os sentimentos me levavam a pensar porque estava fazendo aquilo novamente. Me colocando em situações desagradáveis? Já tive depressão pós divórcio e o meu maior medo era entrar naquele episódio de dor.

Há um ano eu vinha procrastinando a corrida, e foi nesse momento de fragilidade, em que eu me colocava em dúvida em relação ao meu potencial, que eu entrei para a corrida. Um seguidor me fez o convite às 4h40 da manhã… Vi a notificação descer e ali eu pensei: vou ou não? Foi o empurrão que eu estava precisando para entrar nesse mundo em que me reconectei com o meu poder pessoal. Eram tantos desbloqueios (crenças, padrões, comportamentos), que mesmo numa evolução de seis anos, era uma área da vida para a qual eu não olhava com muita atenção.

A corrida foi a liberdade emocional na minha vida e cada superação era um sim pra mim mesma. Fui acolhida e desafiada a cada treino e hoje o que eu quiser desejar na vida, eu tenho o poder de fazer acontecer. Até que diminuí as crises sem medicação e me apaixonei pelo esporte. Tanto que hoje me permito sonhar e planejar, em breve, correr uma maratona!´´

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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