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Umuarama, no Paraná, tem pouco mais de 100 mil habitantes e é conhecida como a Cidade da Amizade. Lá, há um ano e meio, nasceu a Assessoria Esportiva Outliers. Ainda são poucos atletas e o treinador Elton Batista da Silva faz um trabalho de formiguinha, mas consistente e profissional. Confira o que ele disse sobre a assessoria e sobre as corridas de rua!

O começo

Tudo começou quando um aluno de academia, já corredor amador, iniciou um trabalho de fortalecimento comigo. Algo que o seu treinador – online – havia pedido. Um dia ele chegou lesionado e pedi para ver a sua planilha. Eu atuava como preparador físico e percebi que os treinos estavam além de sua estrutura muscular e do seu condicionamento.  Ele tinha 48 anos e sempre falava sobre técnica de corrida.  Como eu sempre gostei de corrida, resolvi ajudá-lo. Passei a estudar a modalidade, suas técnicas… Ofereci a ele ensino e iniciação na corrida, para capacitá-lo a cumprir a planilha do seu treinador.

Ele se recuperou da lesão, adquiriu uma melhor técnica de corrida e passou a cumprir a planilha. Gostou muito e disse que eu devia montar uma assessoria e ensinar mais pessoas.

Já nessa época eu treinava duas amigas e vizinhas dentro de casa, na sala do apartamento delas, por conta da dificuldade que tinham em pagar uma academia. Resolvi convidá-las para fazer as aulas na praça e as fui convencendo a correr. Aos poucos fui inserindo a corrida em seus treinos. Então decidi investir. Criei um nome, uma logo, fiz uniformes, comprei algum material e aos poucos outros alunos da academia e pessoas que nos viam na praça se interessaram. A Outliers tem apenas um ano e meio. Ainda é pequena.                                              

O foco

Nosso objetivo é dar condições a pessoas que nunca vivenciaram a prática desportiva a iniciar uma modalidade. O primeiro ato de uma pessoa sedentária é caminhar e, naturalmente, começar a correr. Trabalhamos com caminhada, corrida e treinamento funcional, mas a preparação vai além da corrida de rua. Também estamos em corridas off-road, de montanha, com obstáculos, corridas de montanha, duathlon e triathlon.

A primeira planilha, primeiro pódio…

Lembro que a primeira planilha que montei foi pensando em recuperar um atleta e colocá-lo pronto para praticar a modalidade com segurança. Já a nossa primeira corrida foi logo que iniciamos a assessoria. Tivemos um evento em nossa cidade e convidamos alunos, amigos e conhecidos para correr com a equipe.

O primeiro pódio veio com uma atleta iniciante que já tinha bons resultados mesmo treinando sozinha. Mesmo assim ela nos procurou para evoluir com consistência. Aí ela começou a subir ao pódio. Mas por equipe, o primeiro foi em uma corrida de obstáculos. Recentemente ficamos em segundo lugar numa ultramaratona de revezamento.

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O cenário

Começamos do zero e caminhamos em passos pequenos, sem grandes investimentos, dentro de um mercado que cresceu muito e que tem muito a se expandir ainda. Aqui em Umuarama, somente este ano é que a corrida passou a ter mais visibilidade. Estamos trabalhando para ver o esporte evoluir cada vez mais por aqui.

Tecnologia

Usar o SisRUN na gestão da Outliers e nas planilhas dos atletas facilita muito! Hoje em dia, tudo é tão rápido e está conectado. A facilidade e a agilidade que a ferramenta online oferece são enormes. Estamos sempre em contato com alunos, sempre disponíveis em qualquer horário. O aluno pode se programar para treinar no horário que tem livre e acha mais confortável.

Polêmicas

Em relação a caminhantes ou corredores extremamente lentos nas provas, entendo que todo esporte ou modalidade deve ser aberto a todos. Há muitas pessoas que não sabem o que é competição, nunca sentiram a adrenalina ou viveram uma superação pessoal. Acho muito legal poder ter essa sensação. Creio que o corredor, durante uma prova, tem que saber o nível em que está. Sempre oriento os alunos que vão correr. Aos que já brigam por pódio, digo que devem largar mais à frente, próximo aos da elite, para não perder tempo. Já aos iniciantes, pedimos para irem com calma, cada um no seu ritmo. Esses já entendem que devem sair um pouco mais atrás na largada. O trabalho do professor ou do treinador é orientar e ajudar nesses momentos. E o atleta tem que saber o nível em que se encontra.

Em relação aos grupos de corrida, que surgem muito nas redes sociais, como proprietário de uma assessoria e professor de Educação Física, entendo que o nosso foco é orientar sempre, buscando a melhora e desenvolver o aluno/atleta. Promover isso com segurança e qualidade no trabalho. Talvez um grupo de corrida não possa oferecer isso por não ter um profissional adequado ou especializado.

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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