Atleta da Runners Rio, a engenheira de produção Paula Salomão Martins, 31 anos, encarou de frente estes meses de pandemia. Ao contrário de muitas pessoas que baixaram a guarda e viram seu rendimento cair, Paula buscou em seu íntimo a força e o foco necessário para evoluir. Perdeu peso e está pronta para buscar seus próximos objetivos. Confira!

“Comecei a correr quando saí da casa dos meus pais e me mudei de Minas para São Paulo, de 2011 para 2012. Fui fazer uma pós-graduação na USP e morava muito perto do campus. Como eu não tinha muita disponibilidade de recursos para pagar por um local para treinar, acabei indo correr junto com alguns vizinhos.  A corrida sempre foi, para mim, um esporte acessível e divertido. Eu tinha companhia para correr perto de casa e foi assim que a corrida começou a fazer parte da minha vida. Aliás, a atividade física sempre fez, por que eu pratiquei diversos esportes desde pequena. Dança, luta, natação, esportes coletivos…

No início, eu corria apenas para me manter em atividade. Fazia algumas corridas de 5K, depois comecei a melhorar e ir para as 10K… Comecei a perceber que os primeiros quilômetros não são muito bons para mim, por que meu cérebro ainda está me falando para parar. Então, gosto mais das corridas longas e assim fui alongando as minhas distancias. Sempre gostei de correr por mais tempo e esse sempre foi o meu objetivo: correr distâncias cada vez mais longas (em vez de ser mais rápida).


Estar sempre ativa é fundamental para mim, por que tenho hipercolesterolemia familiar, que é o colesterol alto com origem genética. Algo que começou a aparecer aos 14 anos. Aos 18 anos meu colesterol subiu muito e comecei a tomar remédio. Nesta época, eu praticava natação e hidroginástica, atividades de mais baixo impacto, e que não me permitiram ficar sem medicação. Quando me mudei para São Paulo, passei a controlar mais a alimentação e a correr, e senti o resultado disso nos meus níveis de colesterol. Com minha mudança para o Rio, em 2014, me mantive ativa com a corrida e decidi parar de tomar o remédio, controlando o colesterol com a atividade física que eu praticava. E a corrida tem sido muito importante para mim, para a geração deste benefício. Consegui baixar consideravelmente meus níveis de colesterol praticando exercício físico, sem precisar tomar remédios. Isso me manteve na corrida por todos esses anos.

Depois de vir para o Rio, consegui evoluir ainda mais na corrida. Continuei praticando corrida de rua e coloquei como meta correr minha primeira meia. O Rio é uma cidade que propicia muito a prática de atividades ao ar livre. Os treinos funcionais na praia, a corrida, o ciclismo… Comecei a me envolver cada vez com isso e passei a treinar para correr minha primeira meia maratona. E corri duas, em 2016 e 2017, no Rio e em São Paulo. Nunca me preocupando com o tempo final, mas em correr bem aquela distância.

Entre 2017 e 2018 passei por um período turbulento, defendi meu doutorado, mudei de emprego, de casa, e isso acabou atrapalhando meus treinos e, por consequência, minha saúde. Mas, desde 2019, com tudo mais estável, voltei a treinar na praia e a correr. Desde então, tenho mirado as provas de 10K, e depois, quem sabe, as mais longas.

A corrida tem feito parte da minha vida há quase 10 anos e tem sido muito importante para mim. E um dos aprendizados nesses anos é que a corrida sozinha não basta, pois não conseguimos bons desempenhos e podemos nos lesionar se não cuidarmos bem do nosso corpo, por isso, os treinos funcionais e de força são imprescindíveis. A Runners Rio ajuda muito nisso, a me manter ativa, a cuidar do meu corpo e a estar com a saúde em dia! Costumo treinar todos os dias, com uma folga por semana. Corro três dias na semana e nos outros três faço aulas de funcional, exercícios de força e flexibilidade.

Nessa época de pandemia estou bem focada. Por ter que ficar em casa direto, a atividade física é imprescindível. Tenho treinado duas vezes por dia e deu resultado. Perdi 13 quilos! Recentemente fiz um exame de sangue e todas as minhas taxas estão abaixo dos limites. Uma grande vitória! Os treinos me mantiveram equilibrada, tanto física, quanto emocionalmente. Durante a pandemia vi pessoas com dificuldade de manter os treinos, estressadas, ganhando peso… Para mim, esse isolamento foi bom. Consegui me reconectar com meu corpo, controlar melhor minha alimentação, focar na prática rotineira e constante de atividade física. Estando em casa, consigo ter mais disciplina e organizar melhor minha agenda. No início, tive que fazer algumas adaptações, quando não saía de casa pra nada e não conseguia correr. Treinar num espaço tão pequeno, gera alguns desafios. Modificamos os treinos, produzi alguns halteres e anilhas com cimento e outros materiais que tinha em casa e fui evoluindo.

A assessoria Runners Rio foi primordial nesse período. O fato de rapidamente terem adaptado os treinos, com aulas online e mantendo o acompanhamento individualizado foi maravilhoso! Os professores adaptaram as atividades para o que tínhamos disponível em casa, criaram treinos para nossas necessidades e restrições e, o fundamental, nos mantiveram motivados! Não nos deixaram desanimar nem um dia!


Os meus planos de curto prazo são me manter ativa e com boa saúde. Estando em casa, consigo concilio melhor o trabalho com os treinos, algo que tenho que tentar manter depois que voltar ao trabalho presencial. Manter a saúde em dia é o meu principal objetivo! Para a corrida, quero voltar a correr os 10K, tentando completar abaixo de uma hora. A longo prazo, vou seguir praticando esporte pelo resto da vida. E que seja uma vida longa, feliz e cheia de saúde!”

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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