O engenheiro civil Luis Eduardo Artigas, 53 anos, treinou ativamente com a Carbono Assessoria Esportiva, de Curitiba-PR, de 2015 a 2017. Hoje, apesar de praticar apenas natação e não fazer parte efetivamente da assessoria, continua inspiriando o grupo com belos depoimentos. Luis Eduardo foi diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista) já na idade adulta e hoje está em um programa terapêutico. Quer saber o que ele acha da corrida de montanha? Confira!

´´Será que autista pode gostar de corrida de montanha? É claro que SIM! Eu, sendo uma pessoa com autismo gosto muito, assim como qualquer outra pessoa. O autismo é uma condição neurobiológica que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e interage com ele, mas isso não significa que seus gostos ou interesses sejam limitados. Na verdade, muitas pessoas autistas têm interesses e hobbies muito variados.

Agora eu entendo a razão de eu me sentir atraído por corrida de montanha. Pode ser pelo seu desafio físico e mental, o contato com a natureza, o prazer de superar obstáculos ou até mesmo o foco e a repetição que algumas atividades oferecem.

Minhas preferências na corrida de montanha são o ambiente sensorial: não sou muito sensível a estímulos sensoriais (como sons, luzes e texturas) e a corrida de montanha pode oferecer um ambiente que permita uma conexão mais calma com a natureza;

A rotina e a previsibilidade: adoro que as coisas se encaixem numa rotina bem definida, e isso pode incluir a maneira como eu me preparo para a corrida, os horários ou até as etapas da atividade. A previsibilidade pode ajudar a reduzir a ansiedade;

E interesses especiais: naqueles dois anos em que treinei na Carbono, desenvolvi interesses específicos muito intensos, como trilhas, natureza e natação. A corrida de montanha se encaixou nesses interesses, proporcionando uma experiência mais gratificante.

Em resumo, gosto muito de corrida de montanha, assim como qualquer outro esporte ou atividade, desde que minhas necessidades e preferências sejam respeitadas. O importante é alcançar uma experiência positiva e confortável.´´

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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