A médica venezuelana Josani Rebolledo, 33 anos, mora no Brasil desde 2017. Logo que chegou por aqui já foi sendo apresentada à corrida por uma amiga. Não parou até hoje e agora se prepara com a Runners Rio para sua primeira maratona. Confira!

 ´´Comecei a correr em 2017, quando vim morar no Brasil. Antes disso era totalmente sedentária.  Naquele ano, incentivada por uma amiga, para ocupar meu tempo e perder um pouco de peso, participei em dos 5K do Circuito das Estações. Desde aquele momento e passei a querer sempre mais.

Em 2018 participei em corridas de 10k e 15k, e quando já senti que estava pronta para os 21k entrei numa assessoria esportiva. Ali comecei a ter uma rotina mais definida, com variação de treinos que me fizeram progredir na velocidade. Comecei a conhecer outros percursos e isso me animava a me manter treinando. Ali a corrida me ensinou que sou muito mais disciplinada do que acreditava.

Quando comecei, minha rotina era bem flexível, já que estava aprendendo a língua e precisava passar por um processo para revalidar meu diploma. Como não tenho filhos, eu basicamente dividia os treinos com os estudos.

Agora minha vida está por tomar outro rumo. Quero fazer a residência, me dedicar mais a minha parte profissional e também estou planejando a médio prazo ter uma família. Então achei que este era o momento mais folgado da minha vida para assumir um desafio na corrida. Já venho correndo há quase cinco anos, tempo em que participei de várias meias. Queria me desafiar ainda mais, conversei com meu treinador e ele está ditando os meus dias de treino para não me machucar. O aumento progressivo de volume vem me dando confiança. Não teria como fazer isto sem eles

A corrida já faz parte da minha rotina e preciso dela para meditar, para relaxar. É como meu rolê do final de semana e ainda me dá a sensação de que a cada dia sou mais forte.

Em março de 2020 parei de treinar na rua, fiquei desesperada sem poder sair de casa e comecei correr na minha varanda (risos). Também colocava um elástico na minha cintura e fazia corrida estacionária, foi assim até julho de 2020, quando tomei a decisão de sair de novo. Corria de máscara, sozinha e distâncias curtas, mas era suficiente para minha saúde mental.

Em 2021 comecei a correr em grupo e treinar de novo com um objetivo, que era a meia maratona do Rio. Este ano quero completar minha primeira maratona e fazer algumas provas de trail run, que amo.

A longo prazo só quero me manter correndo e ser aquela velhinha que corre feliz, que está saudável. Quem sabe fazer algumas provas internacionais, como a Meia de Buenos Aires, ou mesmo a maratona.“

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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