Atleta da Move Better há dois anos e nove meses, Alessandro Barcelli está completando cinco anos de envolvimento com corrida. Morador de Itu-SP, Barcelli vem superando a cada desafio que se impõe desde que começou a correr, inspirado pelo irmão. Aos 35 anos, não se cansa de estabelecer novas metas. Confira!


“Comecei a correr em de 2015, numa prova de 10k aqui na cidade, a 31ª Volta Pedestre de Itu. Fiz essa prova na brincadeira, nunca tinha treinado. Fui por causa do meu irmão, que corria. Queria mostrar pra ele que também conseguia correr. Mas me ‘quebrei’ todo, fazendo os 10K em uma hora e meia. Ali começou minha história com a corrida. O incentivo do meu irmão e aquela vontade de um dia ser igual a ele me fizeram começar a treinar e treinar muito.
 
Em 2016, com mais preparo, repeti a prova. Ah, foi bem diferente! Corri durante todo o percurso e completei a prova em 49 minutos. Uma baita evolução! Nesse mesmo ano fiz também minha primeira São Silvestre.
 
Em 2017 já estava fazendo minha primeira maratona, a Internacional de São Paulo. Ainda não havia feito sequer uma meia e estava treinando sozinho. Fui lá e fiz em 4h06min56s. Mas acabei me lesionando no joelho e fiquei 40 dias sem correr, só com fisioterapia e remédios.
 
Depois dessa prova resolvi procurar uma assessoria esportiva. Aí entra nesta história a Move Better e o treinador Luciano Monteiro. A melhora dos treinos foi nítida, o que me permitiu buscar performance e ir em busca de desafios nas corridas.
 
Em 2018 resolvi voltar à Maratona Internacional de São Paulo e provar a mim mesmo que era capaz de melhorar a performance e baixar o tempo do ano anterior. Dessa vez assessorado pela Move Better e pela academia Plena Forma, que me proporcionou uma melhora significativa em relação ao fortalecimento muscular. Muito melhor preparado, derrubei meu tempo do ano anterior em mais de 30 minutos, fazendo a prova em 3h29min18s. Nesse mesmo ano ainda fiz a Meia do Rio, a Meia de São Paulo e a Volta da Pampulha. Mas o ponto alto de 2018 foi a SP City Marathon, em que tenho meu melhor tempo na distância: 3h19min28s.
 
Em 2019, a meta era fazer meu melhor tempo em meia maratona e subir a Serra do Rio do Rastro, na Uphill Marathon, abaixo de quatro horas. Consegui meu RP na meia com 1h26min08s. E consegui superar o maior desafio da minha vida de corredor: subir os 42k da Serra em 3h50min32s. O sonho de momento é o Desafio Samurai, também na Serra do Rio do Rastro. São 25k no sábado e 42k no domingo. Estou treinando para fazer as duas provas abaixo de seis horas.
 
Nesses cinco anos de corrida, já ganhei vários troféus, na categoria e no geral. Tive o prazer de ganhar uma prova de 10k na cidade de Sorocaba. Resultado dos meus treinos, que são sempre visando a performance. Mas em provas longas e desafios. Não gosto muito de provas curtas. Prefiro meias e maratonas. Depois do Desafio Samurai, meu projeto, a médio prazo, é ser sub3h na maratona e conseguir a qualificação para a Maratona de Boston. Também penso em fazer uma ultra de 100 quilômetros. Tudo sempre com bons tempos, visando a performance. Nada de fazer por fazer ou só para dizer que é ou fez.
 
A longo prazo, pretendo me tornar treinador e para isso já pretendo ingressar, ainda este ano, na faculdade de Educação Física. Hoje a corrida é para mim uma válvula de escape. Não ganho financeiramente com ela, mas a felicidade que ela me traz não tem preço que pague. O prazer de ajudar as pessoas, as incentivando a ser uma pessoa melhor com a corrida, a ser uma pessoa mais feliz e transmitir essa vibe boa da corrida para dentro de casa. Tem muita gente que saiu da depressão, deixou a bebida alcoólica, saiu do sedentarismo e da obesidade e se tornaram pessoas mais felizes com a corrida.

Eu sou uma dessas pessoas. Saí de uma vida de besteiras, do alcoolismo… para me tornar o que sou hoje. Com a corrida aprendi a dar valor à vida, aprendi a dar valor às pessoas. E amo essa minha vida atual. Coloquei a cabeça no lugar, estudei, me formei e estou bem empregado! Graças a Deus e a corrida! E se um dia fui ajudado, o que mais quero hoje é poder ajudar. Já ajudo, mas sei que posso ajudar ainda mais!
 
Estamos vivendo um momento terrível, que está tirando a esperança de muita gente, tirando as expectativas que as pessoas tinham para esse ano. Eu, graças a Deus, ainda não sofri impacto devido a esse vírus. Estou trabalhando e treinando normalmente. Mas fico pensando nas pessoas que estão perdendo seus empregos, que não estão podendo trabalhar e não podem por um prato de comida na mesa. Vidas sendo perdidas e famílias destruídas. É de partir o coração. Me protejo e protejo minha família como posso.
 
Conversei com meu treinador sobre o momento e resolvi respeitar as orientações impostas na minha cidade. Aqui não somos impedidos de treinar ao ar livre, desde que se tome todas as medidas de precaução. Então os treinos seguem ‘normalmente’, tomando cuidado para não deixar a imunidade cair. E o SisRUN continua sendo uma ferramenta de extrema importância para a continuidade das atividades.

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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