Paulista de Mogi das Cruzes, Michele Nunes, conheceu a corrida depois que se mudou para São Francisco do Sul-SC, há cerca de três anos. Hoje, aos 39 anos, é uma atleta, mas não foi uma jornada fácil. No início, seu espírito solidário até ajudou. Confira!

“Há pouco mais de três anos, mudei de Mogi das Cruzes-SP para São Francisco do Sul-SC. Cheguei aqui pesando 80 quilos, totalmente sedentária. Sequer pensava em praticar esporte algum dia. Mas com a mudança de cidade, muitas mudanças aconteceram em mim. Passei a ter mais tempo pra mim, para o meu filho e também para uma vida mais saudável.

No início foi caminhada. E com ela eliminei alguns quilos. Depois, incentivada pelo meu filho Pedro, hoje com 17 anos, comecei a correr. Mas eu cansava muito, não tinha fôlego, sentia dores e pensei que correr não era pra mim.

Até que um dia, o João, um grande amigo, me chamou para treinar com ele na praia. Eu não conseguia correr 300 metros sem parar, mas com ajuda e muita insistência dele, não desisti e com o tempo consegui correr um quilômetro, dois, três…

Até que há dois anos conheci a equipe Street Runners, quando eles começaram os treinos na Praia da Enseada. E por um ano participei de provas apenas como condutora no projeto “Pernas Solidárias”.  Então comecei a treinar com mais dedicação e eliminei 27 quilos. Meu treinador, Cafú, começou a me passar treinos mais fortes e corrigir alguns erros que eu ainda tinha ao correr. Em abril desse ano me inscrevi para minha primeira prova individual de 5K. Fiquei em 9° no geral e 3° na categoria. De lá pra cá fiz uma prova por mês e em todas subi ao pódio. Também corri de dupla e por equipe de revezamento. Numa prova trail consegui meu primeiro pódio geral e até uma prova de obstáculos já fiz.

Com a prática esportiva e o amor que adquiri pela corrida, ganhei muitos amigos, eliminei muitos quilos, ganhei saúde, disposição e muita autoestima.

Eu odiava correr…  Aí eu tentei, e não consegui…. Tentei novamente, tentei pra valer, meu corpo melhorou, minhas passadas ficaram mais longas, meu humor melhorou e meus amigos começaram a me chamar de corredora. E querem mesmo saber? Eu sou corredora! Eu sou atleta da Street Runners e amo correr! E hoje esse é o meu lugar: na corrida!”

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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