Aos 50 anos, o pastor evangélico batista Guilherme Gimenez havia planejado correr duas maratonas em 2020 e depois alimentar o sonho de ser ultramaratonista. Desistiu? Não! Aproveitou estes tempos de pandemia para apurar sua resiliência. Confira!

“Comecei a correr em 2015, primeiramente sem objetivo e sem grande disciplina. Depois, acometido de pressão alta, comecei a ser mais disciplinado e quando vi havia já incorporado a corrida em minha rotina. Com aproximadamente um ano correndo tomei gosto pelo esporte e comecei a me dedicar cada vez mais até me apaixonar pela corrida de rua.

No início, eu corria no máximo três quilômetros, trotando. Fui evoluindo, passando pelos 6, 7 Km. Em 2016, já apaixonado pela corrida resolvi procurar um treinador. Em 2018 fiz minha primeira prova de 10K e cheguei aos 21K, correndo três meias naquele ano. No ano passado corri em Santiago minha primeira maratona e ainda a Uphill. Este ano o alvo era a maratona de Lima, mas…

Eu sempre gostei de montanhas e ficava fascinado cada vez que via uma prova com grandes desafios altimétricos. Resolvi encarar uma corrida no Pico do Jaraguá, em São Paulo, e simplesmente amei. Resolvi então encarar a Mizuno Uphill Marathon que foi o maior desafio pessoal que tive até hoje no esporte.

Não sou um atleta rápido. Comecei tarde, aos 45 anos, mas já consigo correr em um ritmo abaixo de 5 min/km. Minha preferência é asfalto e a Maratona de Santiago foi o meu primeiro grande desafio. Uma sensação térmica de mais de 40 graus e o clima muito seco. Pensei em desistir duas vezes, no km 28 e depois no 35. Mas vendo a multidão que durante toda a prova incentiva os corredores eu me enchi de coragem e ânimo e segui em frente. Passar pela linha de chegada de uma maratona é uma sensação indescritível.

Hoje não me vejo mais sem correr. Inclui os treinos em minha agenda e raramente furo um treino. Minha saúde melhorou, minha alegria aumentou e, sobretudo, fiquei mais corajoso diante de desafios. A corrida me ajuda sistematicamente a ser uma pessoa melhor. Sem contar que fiz muitos novos amigos também.

Meus planos são correr duas maratonas ainda este ano, se der. Em médio prazo correr uma ultramaratona, possivelmente o Desafio das Praias. Mais à frente, quem sabe, correr uma ultra de mais de 100 km e participar de um ironman.

Mas temos vivido dias difícil demais. Resolvi aderir ao isolamento e meus treinos são feitos dentro do apartamento ou no máximo na área de lazer do meu prédio quando não tem ninguém. Rendimento caiu bastante, mas todos os dias sem exceção treino um pouco. Tem sido uma época de resiliência, aprendendo a lidar com as limitações. Não é de tudo ruim.

O SisRun é meu companheiro de treinos. Utilizo bastante o aplicativo, tanto para os exercícios, planilhas e contato com o treinador Clayton, da Galgos Run, como também para me integrar com outros atletas, verificar como as pessoas estão treinando e até para trocar fotos através da integração com o instagram. Ficou muito mais simples para minha organização pessoal utilizar o SisRun. Se tornou indispensável!

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Jornalista, pai e corredor. Vê a corrida como uma ferramente para fazer a vida fazer sentido. Não se preocupa em ser rápido, nem com a chegada. O que importa é o caminho...

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